segunda-feira, 8 de outubro de 2007

Fazer amor na praia

Não é bem...
Existem alguns problemas. O primeiro é que, pelo menos no nosso país, é um bocado difícil encontrar uma praia deserta no Verão. Ou seja, depois de encontrar "a" praia, o casal pode enfrentar o risco de ser abruptamente interrompido ou até observado.
O segundo é que as praias, além de estarem cheias gente, estão também cheias de... areia. Fazer amor acariciado pelas ondas é uma aventura apetecível mas é preciso ter cuidado com a areia: se esta entrar na vagina poderá causar pequenas feridas. E a água do mar poderá afectar a eficiência dos preservativos.
Se o cenário escolhido for uma piscina ao luar, não se deve esquecer que as piscinas escorregam, logo, cuidado para a noite não acabar na urgência com a cabeça partida e uma daquelas histórias muito estranhas.
Finalmente, há que não esquecer que os corpos dentro de água (especialmente salgada) flutuam, o que poderá comprometer a exequibilidade de algumas posições ditas "clássicas" mas constituirá um desafio à imaginação dos mais ousados.

PS - Mas esta é uma experiência que poderá suscitar umas boas gargalhadas e, efectivamente, o riso é um dos melhores afrodisíacos.

Doenças sexualmente transmissíveis (DST): são fáceis de tratar

Errado!
A dose e tipo do medicamento prescrito deve ser adequada à doença. Por outro lado, uma aparentemente normal infecção d uretra provocada por tricomonas ou Candida albicans pode tornar-se "eterna" se apenas o elemento feminino do casal fizer o tratamento (que deve ser feito por ambos, sob vigilância médica).

Contraceptivos: os preservativos não funcionam

Há vários mitos à volta do preservativo e da utilização que lhe é dada. A maior parte deles é falsa. Senão vejamos:
  • Os preservativos não funcionam. Falso. Os preservativos previnem de forma eficaz a transmissão do VIH se forem usados correctamente de cada vez que houver relações sexuais.
  • Os preservativos rebentam frequentemente. Mais uma vez, falso. Menos de 2% dos preservativos rebentam quando usados correctamente. E o que significa "usar correctamente"? Significa:
- não usar lubrificantes oleosos com preservativos de látex;
- não usar dois (ou mais...) preservativos sobrepostos;
- atenção ao tamanho do pénis e ao tamanho do preservativo porque: nada estica até ao infinito; sim, é verdade, há preservativos com vários tamanhos;
- não usar nunca preservativos fora de prazo.
  • O vírus da SIDA (VHI) transmite-se através dos preservativos. Falso. O VIH não passa através dos preservativos de látex ou poliuretano (o mesmo já não acontece com preservativos de pele de carneiro - existem em alguns locais).

Contraceptivos: nos dias de intervalo da pílula a mulher pode engravidar

Errado!
A pílula, se for tomada como indicado, protege sempre, mesmo nos dias de intervalo.
Nos dias de pausa há um sangramento semelhante à menstruação, mas que de facto não o é. É causado pela interrupção da toma das hormonas integradas na pílula (que, ao aumentar artificialmente os níveis de estrogénio, faz com que o corpo "pense" que está grávido, por isso não há "outra" fecundação e não se engravida).

Contraceptivos: a pílula aumenta o risco de acidentes vasculares.

Errado.

Esta ideia de que existiria uma relação entre a pílula e uma maior incidência de acidentes vasculares entre as mulheres vigorou nos anos 60 e 70 do século passado. Segundo os estudos então efectuados, os riscos eram muito altos para mulheres que tomassem a pílula e que fumassem e aumentavam com a idade.

Estudos mais recentes não encontraram factores que elevem o risco de doenças em mulheres que utilizem a pílula. No entanto, entre as fumadoras, há um risco adicional de ocorrência de acidentes vasculares para as que utilizem este método contraceptivo.

Amamentação: estraga o peito?

Sim e não. Toda a gente conhece as vantagens da amamentação para o bebé. Quanto à flacidez dos seios, esta poderá depender, em grande parte, do cuidado (e da auto-disciplina) que a mãe tiver após o parto. Praticar exercício físico localizado ajuda a tornar firmes os músculos que sustentam os seios e faz com que estes não fiquem flácidos.

Há muitas mães que não conseguem deixar de se sentir culpadas quando afirmam que não vão amamentar o seu bebé porque querem manter "um peito bonito". O facto é que amamentar, tal como ter filhos, não é uma obrigação; é uma escolha associada ao acto de dar e receber.

No entanto, há formas diferentes de dar e expressar amor e cada um de nós deve ser capaz de fazer opções e os outros devem ser capazes de as respeitar. Neste caso, há também que considerar que esses outros que estarão aqui a ser postos em causa não são os que mais beneficiam ou são afectados pela escolha aqui envolvida.

domingo, 7 de outubro de 2007

Educação sexual

Educação sexual é o ensino sobre a anatomia e psicologia da reprodução humana e demais aspectos do comportamento que se relacionam ao sexo.

Seu principal objetivo é descrever o funcionamento da reprodução humana desde a sua concepção, formação do embrião e nascimento, dar informações sobre as alterações fisiológicas e psicológicas ocorridas na adolescência, além de informações sobre doenças transmissíveis sexualmente.

No Brasil a Educação Sexual está muito ligada à epidemia da SIDA, onde a lei nº 1.892, de 20 de novembro de 1991 dispõe sobre a inclusão, no programa da disciplina Ciências Físicas e Biológicas, de informações e orientações científicas sobre a Síndrome de Insuficiência Imunológica Adquirida-AIDS (sic), nas Escolas de 1º e 2º graus situadas no Estado do Rio de Janeiro. Em seu artigo 1º, inciso 1º, estabelece que constarão obrigatoriamente as informações do programa de "Ciências" da 8ª série do 1º grau, da 1ª série do 2º grau, e no inciso 2º, veiculadas as citadas informações e orientações através de palestras e conferências mensais proferidas por professores de Ciências ou médicos especialistas na matéria. E em seu artigo 2º, indica que cabe às Secretarias de Estado de Educação e de Saúde, em conjunto ou isoladamente, a divulgação das palestras e conferências através de cartazes ilustrativos em todas as escolas localizadas no território do Estado do Rio de Janeiro.